Moacyr Camargo nasceu, em 1954, na pequena cidade de Dracena, no interior do Estado de São Paulo.
Seus pais, Luiz e Geraldina, tiveram doze filhos e Moacyr foi o primogênito. Sua infância foi de muito trabalho, de muita luta, mas também de muito amor. A família Camargo era e continua muito unida e todos tinham algo em comum: a música.
Foram nas noites de canto, ocorridas no sítio em que moravam, que cresceu o sonho de Moacyr de ser cantor. Seu talento para a música era nato, pois desde a infância o menino já passava horas cantando e pensando no dia em que seria cantor.
Seus pais, que também eram os rezadores de terço nas colônias, eram sempre, para ele, uma grande inspiração. Era comum, após a reza do terço, reunirem-se para cantar, ao som de um violão bem dedilhado, para a pequena comunidade presente.
O jovem Moacyr carregou seu sonho com a música e, aos dezessete anos, vai para a cidade de São Paulo com a intenção de ser cantor. Sua vida musical, na cidade, teve início com algumas apresentações na igreja Batista, frequentada pelos seus primos. Ali começava sua história musical.
A partir desta ocasião, começou a participar de shows de calouros em parques de diversões e em escolas.
Em 1976, ingressou na banda de rock Marca Registrada onde permaneceu até 1979, ano em que também participou do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcante, na rede Tupi. Nesse mesmo ano, muda de banda, contudo, permanece cantando em bailes até1983.
Em 1984, dá início a seus estudos de violão no CLAM – Centro Livre de Aprendizado Musical, com direção do grupo Zimbo Trio e, para sobreviver, canta em barzinhos e leciona violão, na escola Recriarte. Nesse mesmo ano é convidado a musicar as peças Grades Invisíveis, de Wilson e Celso Prudente, que abordam o preconceito racial, Tiago Valas de Gabriel Veiga Catellani e, na sequência, o musical infantil O Disco Voador Encantado, de Marta Rents. Com os jornalistas Alexandre Kadunc e Marco Piva compôs, também, música para apresentação na Nicarágua.
Permanece na Recriarte até 1987, quando compõe a música Terra Azul, uma importante obra, a que lhe abriria muitas portas. Nesse mesmo ano, esta música foi vencedora (melhor música e arranjo) do 10º Festival da Canção de Maringá-PR, promovido pela TV Globo do Paraná, com direção de Cezar Camargo Mariano. Esta primorosa canção foi lançada em disco pela Som Livre e incluída na programação da Rio-92. Neste evento, Moacyr Camargo e Tetê Espíndola fizeram o show, usando como título a referida composição musical.
Convidado por Almir Sater a abrir um de seus shows, segue, depois em temporadas, por diversos teatros brasileiros entre capitais e interior.
Na televisão, Moacyr participou, entre outros, dos programas Bambalalão e Metrópolis (TV Cultura/SP), Canta Contos (TVE/RJ com Bia Bedran), Som Brasil (TV Globo com Lima Duarte), Empório Brasileiro (TVS com Rolando Boldrin), Brasil Rural (TV Bandeirantes com Caçulinha) e Nigth and Day (TV GAZETA, com Celso Portioli e Lô Borges).
A partir do ano 2000, musicou, ainda, Marc e Bella num Sonho Azul, de Carlinhos Rodrigues, peça que aborda a vida de Marc Chagal e Bella Rosenfeld. Musicou, também, Ana Luz, de Drika Vieira e Pássaro Azul, do grupo Arte e Vida.
Em 1989, gravou a música “Lula-lá” para a campanha presidencial de Luiz Inácio da Silva e gravou também “Marta é Coragem” para a campanha da conhecida política Marta Suplicy à prefeitura da capital paulista.”